CIRURGIA ORTOGNÁTICA
O que é?
Cirurgia ortognática é o nome dado a um grupo de técnicas que visam corrigir alterações do esqueleto da face chamadas de deformidades dento-faciais.
É um tratamento bastante especializado, conduzido pelo Ortodontista e por um Cirurgião buco-maxilo-facial, ambos com formação e experiência neste tipo de tratamento. Ele envolve também outros profissionais da área da saúde como médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, entre outros.
O que são deformidades dento-faciais e o que a cirurgia ortognática trata?
As deformidades dento-faciais são problemas no tamanho, posicionamento ou formato dos ossos que compõem o esqueleto facial (mandíbula, maxila, zigomas, órbitas, etc). Elas podem ter origem em fatores congênitos (problemas que acompanham o paciente desde antes do nascimento como síndromes, malformações, entre outros); problemas de desenvolvimento (devido a hábitos como chupar dedo, respiração bucal, parafunções) e ainda problemas adquiridos durante a vida (pacientes vítimas de acidentes, tumores), que vão levar a uma função alterada das estruturas que compõem a face, boca, articulações mandibulares e via aérea superior (passagem do ar pelo nariz e garganta).
O que são deformidades dento-faciais e o que a cirurgia ortognática trata?
As deformidades dento-faciais causam uma repercussão funcional e, na maioria das vezes, também estética a essas pessoas. Alguns problemas podem levar anos para se desenvolver ou aparecer. Os mais comuns são os seguintes:
- Alguns tipos de dores na cabeça e na face;
- Demorar muito para triturar ou mastigar a comida;
- Dificuldade de fazer os lábios encostarem (precisar forçar para encostar os lábios);
- Dificuldade de morder ou encaixar os dentes;
- Dificuldade de respirar com a boca fechada ou respiração bucal;
- Dificuldade para mastigar os alimentos;
- Dificuldade na deglutição de alguns tipos de alimentos;
- Exposição exagerada da gengiva na fala ou sorriso;
- Face assimétrica (um dos lados é maior que o outro);
- Falta de definição da mandíbula;
- Falta de exposição dos dentes superiores na fala ou sorriso;
- Mordida aberta (espaços entre os dentes de cima e de baixo), mesmo quando tenta encostar os dentes;
- Nariz caído, com a ponta virada para baixo;
- Queixo desviado para um dos lados;
- Queixo muito pequeno e sensação de que o queixo e o pescoço são unidos;
- Item da lista
- Queixo muito projetado em relação ao resto da face, aspecto “queixudo”;
- Sensação de mordida desconfortável ou desencaixada;
- Uso de aparelho ortodôntico por anos, sem sucesso, ou quando remove o aparelho a mordida logo volta a ficar ruim.
Quais as repercussões desse problema e como tratá-lo?
Quando estas alterações são muito discretas, em alguns casos, podem ser tratadas apenas com aparelho ortodôntico. Porém, geralmente é necessária a associação entre ortodontia e cirurgia para que o resultado final alcance boa estética, função e principalmente seja estável a longo prazo.
Segundo estudos, entre 2 a 4% da população necessita de tratamento cirúrgico para melhora da função mastigatória. Para uma cidade de 500.000 habitantes como Londrina, isso significa 10 a 20 mil pessoas!
A cirurgia ortognática também pode ajudar, em alguns casos, pacientes que possuem disfunções ou dores na articulação mandibular, problemas mastigatórios, e até que sofrem de apnéia do sono devido a problemas de crescimento mandibular com consequente estreitamento de vias aéreas.
- O primeiro passo, sempre, é uma consulta com um ortodontista ou um cirurgião com experiência na área de cirurgia ortognática. Durante a consulta, é elaborado um diagnóstico preliminar. O processo de diagnóstico é realizado por meio da queixa do paciente (o que o está incomodando, o quanto está incomodando, as repercussões do problema na vida pessoal e saúde do paciente e o que deveria ser melhorado). Após uma entrevista detalhada o paciente é submetido a um exame clínico e também são avaliados os exames de imagem (radiografias, fotos) e modelos de estudo.
- Com os resultados dos exames e um diagnóstico preliminar ocorre uma reunião entre ortodontista e cirurgião para a discussão do caso e elaboração de um plano de tratamento conjunto. Este plano de tratamento conjunto é apresentado ao paciente e seus familiares antes do início do tratamento.
- O tratamento geralmente se inicia com a instalação de aparelho ortodôntico visando o correto posicionamento dos dentes para receber a cirurgia ortognática. Enquanto o paciente é preparado para a cirurgia pelo ortodontista ele é reavaliado constantemente pelo cirurgião em retornos periódicos para acompanhamento da evolução do tratamento.
- A cirurgia ortognática é um procedimento eletivo, ou seja, pode ser programado. O paciente é submetido à cirurgia quanto estiver pronto do ponto de vista ortodôntico, em bom estado de saúde e em um período que possa realizar o repouso pós-operatório adequado, assim como ter um acompanhante nos primeiros dias. Vale ressaltar que o plano de tratamento é altamente individualizado, em que cada paciente é submetido a um conjunto de procedimentos que recebe o nome genérico de cirurgia ortognática, mas dificilmente dois tratamentos em pessoas diferentes serão iguais. Após a cirurgia, o paciente fica em constante acompanhamento com nossa equipe, com retornos frequentes ao consultório.
- Após a recuperação da cirurgia, o paciente retorna ao Ortodontista para a segunda fase chamada de finalização ortodôntica, na qual é feito o refinamento e detalhamento da mordida, levando ao perfeito encaixe.
Não. A cirurgia ortognática é um procedimento funcional que beneficia o encaixe dentário, a função de músculos e ossos da face, assim como a respiração. Obviamente, como o esqueleto é a base para todo o formato da face, quando os ossos estão em posições adequadas temos um grande benefício estético que vem com a cirurgia. Em resumo: ela é uma cirurgia funcional com grande melhora estética associada.
A cirurgia ortognática é realizada em ambiente hospitalar com auxílio de uma equipe multidisciplinar. Nós somos membros do corpo clínico de hospitais grandes de Londrina, que fornecem adequado suporte para a realização do procedimento com segurança.
Procedimentos adicionais ou preparatórios de menor porte (como extração dos dentes do siso ou outros pequenos procedimentos) podem ser realizados ambulatorialmente no nosso consultório.
A escolha da equipe cirúrgica e do ortodontista obviamente são essenciais para o sucesso do tratamento. Confiança, competência, conhecimento e dedicação são fundamentais. Sugerimos que o paciente dê preferência a um Ortodontista com experiência em preparo cirúrgico. E importante: os cirurgiões buco-maxilo-faciais só devem realizar cirurgias ortognáticas se tiverem boa formação e experiência nesses procedimentos e em outras cirurgias de grande porte. Nós temos algumas centenas de casos operados, o que nos faz uma das equipes mais atuantes nesse tipo de cirurgia no estado do Paraná.
Escolher uma equipe sediada na sua cidade, para que você não precise se deslocar, é uma vantagem. Caso você venha de outra cidade para operar conosco, iremos ajudar você a programar sua estadia em Londrina ou organizar seus retornos. Normalmente, vemos o paciente no quarto dia após a cirurgia, e duas vezes por semana no primeiro mês. A tecnologia, com aplicativos como o WhatsApp, nos permite constante comunicação com o paciente e a família em todos os momentos da recuperação.
A consulta da especialidade dos profissionais em Odontologia pode ser realizada na página do Conselho Federal de Odontologia. E o mesmo pode ser feito com os cirurgiões no site do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial .
Os planos ou convênios odontológicos não cobrem os gastos do procedimento cirúrgico, uma vez que são realizados em ambiente hospitalar. Dependendo do contrato do paciente é possível realizar o tratamento ortodôntico ou os procedimentos cirúrgicos adicionais ambulatoriais (que são realizados fora do ambiente hospitalar) pelo convênio odontológico, desde que o profissional que irá executar o procedimento seja conveniado. Nossa equipe não atende convênios odontológicos.
A maioria dos convênios médicos não possuem cirurgiões buco-maxilo-faciais credenciados para a realização de procedimentos eletivos. Porém, com base na legislação atual o paciente pode escolher o seu cirurgião mesmo que ele não esteja credenciado ao convênio do paciente e parte dos custos são pagos pelo convênio. Como há muitas particularidades a este respeito é importante avaliar cada caso com o cirurgião para saber o que esperar. No geral, o paciente que possui um plano de saúde regulamentado terá cobertura dos custos hospitalares e materiais. Alguns planos de saúde fornecem cobertura total do tratamento. Na consulta inicial fornecemos a você todas as informações sobre sua situação em específico.
Hoje todo o planejamento da cirurgia ortognática é feito utilizando avançados programas de computador que mostram com precisão milimétrica a nova posição dos ossos com a cirurgia. Isso permite também, de forma bastante precisa, que tenhamos uma previsão dos novos contornos da face após o procedimento cirúrgico. Os avanços tecnológicos têm possibilitado aos pacientes e cirurgiões muito mais segurança pois todo o movimento cirúrgico é conhecido e planejado com antecedência. Seu cirurgião irá mostrar a você tudo que será feito e como é esperado que seu rosto fique após a cirurgia.
Antigamente, sim. Hoje trabalhamos com a filosofia de cirurgia minimamente invasiva. São cirurgias com cortes muito menores e muito menos trauma. Com isso, o paciente tem bem menos inchaço e desconforto pós-cirúrgico. Nós passaremos todos os cuidados que ajudam a minimizar os sintomas desconfortáveis do pós-cirúrgico e trazer mais conforto nos primeiros dias. Com duas semanas de operado você já estará 80% bem e praticamente não se percebe alterações na face.